Pular para o conteúdo principal

fuuuu

quando eu era pequena, e via essa florzinha no chão, eu saía correndo; pegava uma, pensava com muito cuidado em um desejo, e depois soprava e via as pétalas voando. talvez elas levassem meu desejo pra todos os cantos, e ele se realizaria.


não lembro o que eu pedia quando era mais nova. mas hoje, se eu achasse uma flor dessa, eu ia pedir pro meu coração ficar bem, bem grande, e crescer sempre mais. pra ele poder dar conta de tantas pessoas queridas que eu tenho na vida. pra dar conta de carregar, dentro dele, a surpresa que é uma amiga falar que eu mudei a vida dela de formas que eu nem imagino. ou pra carregar o abraço apertado, com muitas lágrimas, de umas das pessoas mais bonitas que eu conheci aqui, se perguntando o que vai fazer quando eu for.

ir nunca, nunca é fácil. mas eu não achei que fosse ser tão difícil assim...

Comentários

Unknown disse…
Ohn. Ficou lindo o post, mas preferia o layout anterior, com o passarinho. Sua passarinha. Te amo.
Liii disse…
Oieee

Aaii, eu nao sei como se sente, e tenho muito medo de quando tiver que partir e so levar no coracao pessoas maravilhosas que passaram em nossas vidas.

Ah, e entendo total a correria, espero que tudo esteja correndo bem.

Adoro seus posts tambem! :D

Beeijos
Brubs disse…
ô, flor. Adorei os seus posts. Tô seguindo. :)

Postagens mais visitadas deste blog

cheiros

{escrito em julho de 2015} bangkok tem um cheiro muito peculiar, que toda vez me intriga e me faz querer tentar descrever. não é um cheiro que se sente toda hora, e nem em todo lugar. mas todas as vezes que o cheiro vem, é inconfundível: cheiro de bangkok. é um cheiro acre, e olha que eu acho que nunca tinha usado essa palavra antes, a não ser pra falar do estado. mas é a única que me vem à cabeça quando penso nesse cheiro. é forte, é perfurante. não é um cheiro bom, já que lembra esgoto e comida estragada, mas por incrível que pareça também não é um cheiro ruim. parece impossível, mas apesar da combinação incômoda e nada perfumada, não chega a ser um fedor óbvio. talvez seja porque ele chega sem aviso, e logo passa. vem como um sopro, quase, só que intenso. às vezes acho que ele vem pra me lembrar que estou aqui, pra não me deixar enganar pelos shoppings e pelos ares cosmopolitas: eu não estou em qualquer grande cidade do mundo. eu estou em bangkok.

Parto da Elisa

41 semanas completas. Tinham sido 3 dias de contrações que iam e vinham, acupuntura, chás, caminhadas, tampão mucoso saindo... e nada de bebê. Encasquetei que eu precisava comprar uma cesta pequena de vime pra guardar qualquer coisa, virou imprescindível. Fomos então atrás, e tudo que eu pegava na loja gerava um questionamento do marcel. Enquanto isso, na escola, toda uma vida acontecendo, e ao invés de ter ido eu tava ali sendo temperada na ansiedade sem fim. Desisti de todas as compras e chorando falei que só queria ir pra casa. Minha vontade era de entrar numa toca, ficar quieta. Mas tinha que fazer ecografia e cardiotoco, então fomos pra maternidade. “acho que a bebê tava dormindo, vamos precisar repetir o exame porque ela não mexeu”. Tomei glicose na veia, já em frangalhos, e fiz o exame chorando. Será que estava tudo bem? Dessa vez ela mexeu, a ecografia tava ótima e mesmo assim o médico plantonista falou que 41 semanas era pra já nascer, que mesmo o bebê bem começava a ficar arr...

Fiando junto

tem vezes que a vida parece um novelo de lã embaraçado, todo enrolado. cores misturadas, fios que começam sabe-se lá onde, e que parecem não ter fim. vez ou outra, ao ver a bagunça toda, dá vontade de arrumar. organizar, desembaraçar, tentar pelo menos saber quais lãs tão ali no meio. é uma tarefa delicada, que exige paciência. desenrola de um lado, mas enrola do outro; tenta achar o fio da meada, mas ops, perde de novo. e aí vem uma "fiadora". ela que segura o novelo enquanto eu desenrolo, olhando fundo no meu olho, sem recuar, me lembrando também da beleza que existe no caos. e vamos assim, fiando juntas as tramas e bagunças dessa vida que é tanta.