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Mostrando postagens de setembro, 2010

é circular

um centro preparado com cuidado, no chão, pra gente ter uma referência, e pra honrar, embelezar o espaço que se cria. mão com mão, entrega. os passos começam, ora ensinados ora sentidos, seguindo o ritmo. a música embala, trazendo as mais diversas sensações: alegria, celebração, oração. a prece, o canto, o sagrado, a felicidade da dança. e do encontro. olhos se fecham enquanto os pés seguem livres o que o corpo sabe fazer - e parece que nasceu sabendo. algumas vezes os olhares se encontram, e a cumplicidade faz surgir sorrisos, mesmo que anônimos. o pulso segue a batida, a cabeça acaba por se render e começa a contemplar... essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós...

simples

Quando decidimos montar acampamento no Brasil por um tempo, e criar mais um cantinho nosso, todo mundo perguntou quando ia ser o chá de casa nova. Quando nós íamos fazer uma festa, um lanche, pras pessoas terem oportunidade de nos presentearem com coisas para o novo lar. E a gente disse que não ia fazer. Na época, a gente tava mesmo muito sem tempo de pensar, organizar e querer curtir um chá de casa nova. Mas a gente também achava que era mais legal irmos comprando as coisas aos poucos, enfim. Tinham motivos práticos, ideológicos, supernaturais etc etc. Hoje vi a parte boa disso: tivéssemos feito um chá de casa nova, com lista de presentes, pessoas trazendo jogos disso e daquilo, hoje teríamos em casa, muito provavelmente, um vaso de flores. Daqueles elegantes e chiques, bem bonitos, dados com muito carinho por uma pessoa querida. Mas aí... se perderia todo o charme do improviso e da criatividade de usar um ex-pote de palmito pra abrigar belezas bem-vindas. tem vezes que a falta traz c

costume

tem muitas coisas que a gente acostuma e não devia, como dizia marina colasanti num texto que encapava um caderno meu. a gente acostuma com coisas desconfortáveis até elas pararem de incomodar; acostuma a fazer tudo do mesmo jeito porque é mais fácil e mais prático. e é sempre bom tentar desacostumar desses costumes que vão deixando a gente meio dormente, adormecido. mas tem umas coisas que a gente acostuma que eu acho que não deve desacostumar, não; como um sorriso grande quando eu chego em casa, ver filme abraçado no sofá, passar o dia juntos resolvendo coisas ou fazendo nada, carinho e cafuné antes de dormir, o colo que é meu lugar exato, as risadas e brincadeiras, testar novos caminhos juntos, fazer planos... eu só não acostumo mesmo é com a saudade.

aconchego

fechar as cortinas de casa, toda noite, e depois abrir todas de novo de manhã. deitar no sofá do lado do marcel pra ver filme. pão com manteiga e café com açúcar, e morango com nutella. colocar crianças pra dormir. molhar as plantinhas e ver depois que elas ficaram mais felizinhas. ir pro cinema sexta à tarde, do nada, com uma nova amiga. dividir hambúrguer e risadas com amigos queridos, queridos demais. ficar conversando na frente da piscina com a família mais linda do mundo. receber um telefonema pra saber se tá tudo bem. sentir saudades apertadas que são do tamanho do bem querer que se sente também. deitar na rede pra ver a lua. almoçar com as minhas meninas aqui em casa. cantar no carro. ...

tento, tento

eu bem que tento, mas o blog sempre acaba às moscas. sinal disso é que hoje fui entrar aqui e o endereço nem tava no histórico de sites visitados - que eu nunca apago, então nem dá pra disfarçar dizendo que "nah, apaguei tudo hoje, tá zerado". shame on me. a grande novidade do momento é que temos agora novos "personagens" de histórias fofas e engraçadas (e umas nem tanto)! temos, por exemplo, um menininho muito fofo que pede "com licencinha, por favor!" pra sentar no lugar que ele quer na roda, e que também se refere ao estado de salvador como "a minha Bahia"; temos uma menina com cara de americana que dança o rebolation, e uma nigeriana que sabe a coreografia de high school musical inteira. tem também uma que faaaala pelos cotovelos (além de mim), e conversa até com a pia do banheiro - "oi, piazinha, vamos lavar a mãozinha?" e também pergunta "onde estão os meus lindos pôneis?". temos um, do maranhão, que fala "stop"