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Mostrando postagens de novembro, 2009

fuuuu

quando eu era pequena, e via essa florzinha no chão, eu saía correndo; pegava uma, pensava com muito cuidado em um desejo, e depois soprava e via as pétalas voando. talvez elas levassem meu desejo pra todos os cantos, e ele se realizaria. não lembro o que eu pedia quando era mais nova. mas hoje, se eu achasse uma flor dessa, eu ia pedir pro meu coração ficar bem, bem grande, e crescer sempre mais. pra ele poder dar conta de tantas pessoas queridas que eu tenho na vida. pra dar conta de carregar, dentro dele, a surpresa que é uma amiga falar que eu mudei a vida dela de formas que eu nem imagino. ou pra carregar o abraço apertado, com muitas lágrimas, de umas das pessoas mais bonitas que eu conheci aqui, se perguntando o que vai fazer quando eu for. ir nunca, nunca é fácil. mas eu não achei que fosse ser tão difícil assim...

Tum-dum

Amanhã vai ser minha primeira despedida - última reunião da escola que eu participo, então decidi fazer uns brigadeiros e levar de agrados pra todo mundo. Hoje estávamos fazendo os tais brigadeiros (por "estávamos" leia-se: Marcel fez tudo e eu fiquei colocando a massa no granulado pra ele enrolar). Enquanto ele foi começar a massa pro beijinho, eu terminei de enrolar os últimos brigadeiros, que não ficaram assim, exatamente... redondos. Sei que quando ele voltou, teve que re-enrolar todos os meus. Feliz e agradecida, fui toda romântica falar com ele: "Oh, meu amor, o que eu faria sem você?" A resposta? Brigadeiros quadrados. :o)

prontofalei!

* eu não aguento mais escrever sobre o Somchaay - um menino tailandês, fictício, que habita nossas redações e deveres há mais de um mês. em uma viagem pra Tailândia, Somchaay não se planejou direito e acabou fazendo trabalho forçado em uma fazenda, depois num barco pirata (!!!) e depois teve que dar aula em um templo. já esgotei meus assuntos com ele, podemos falar de outra coisa agora? brigada. * to viciada em ídolos, confesso. tudo começou quando o marcel quis me mostrar um carinha do interior do ceará que cantava igual ao zezé (o dicamargo). depois foram alguns vídeos no youtube. depois o site pra ver quem era quem... e agora assistimos ao vivo toda semana. e eu torço, imito, rio e não fico mais sem. * eu morro de vergonha de cantar na frente de alguém, mas juro que minha afinição melhorou MUITO esse semestre, graças a umas poucas aulas de canto que fiz. meu chuveiro super concorda comigo, e é meu maior fã. ;)

É que hoje...

... deu uma saudade apertada... aiai.

Mudança

Ontem eu anunciei o carro nos sites daqui para venda e troca de coisas, e até o fim dessa semana o plano é anunciar todo o resto: do secador de cabelo à poltrona na qual estou sentada agora, tudo que fez parte da nossa vida em Ithaca vai embora ser aproveitado por outras pessoas. No começo, eu não queria vender nada. Minha idéia era colocar tudo em caixas, de preferência organizadas, e colocar num depósito - ou na gararem de alguém - por mais ou menos um ano. Assim, quando voltássemos tudo estaria de volta com a gente. Depois de um tempo, eu fui pensando não só no trabalho que isso ia dar, mas pensei também em daqui um ano. Chegar de viagem e encontrar todas as mesmas coisas que já não são familiares. Os mesmos pratos, só que empoeirados. Talvez até mofados, quebrados, nunca se sabe. Tudo igualzinho ao que deixamos - menos eu. Não sei como eu vou estar, ou do que vou gostar, depois de um ano morando na Tailândia. Talvez eu passe a só usar tigelas para comer. Talvez eu queira tudo, tudo

Saudade - II

Toda vez que eu conto pra alguém que ano que vem vamos morar na Tailândia, tem sempre umas perguntas e preocupações comuns: Eu falo a língua? Como eu vou fazer? Aonde a gente vai morar? Eu vou trabalhar lá? Como? Com que? Eu gosto de comida apimentada? Eu já fui pra lá antes? Eu penso também sobre todas essas coisas. Não é à toa que to estudando Thai que nem uma louca, e tentando me acostumar com algum nível de pimenta maior que zero, e ao mesmo tempo garantindo que eu sei falar muito bem "sem pimenta, por favor". Também to curiosa pra saber como vai ser a vida lá, se vamos achar um apartamento legal, se vou mesmo conseguir trabalhar... Mas eu confesso que, depois de ter passado por experiência parecida quando vim aqui pra Ithaca, minha preocupação maior e mais intensa se resume a uma pergunta só: Será que eu vou ter mesmo coragem de morar em outro lugar e criar MAIS UMA saudade pra minha vida?