Pular para o conteúdo principal

Dorzinha

Hoje abrimos nossa mala grandona e tiramos a primeira leva de roupas de frio de lá... blusas de manga comprida, calça de pijama e casacos invadiram de novo meu armário e minhas gavetas.

Às vezes dá vontade de deixar tudo guardado. Assim, não mexe em nada, não coloca casaco. Se a gente não tirar os casacos da mala, o frio não chega. Vamos nos apegar aos nossos shorts, chinelos e blusas sem manga, e quem sabe assim o inverno desiste. Vai ver ele vai olhar e pensar: "Oh, ninguém está preparado, ninguém tem casaco. Acho que vou ficar só no Alaska mesmo... nos vemos ano que vem, Ithaca!"

Mas pelo frio que tá fazendo, e pelo gelinho que tava nos carros outro dia de manhã cedo... acho que o frio vem mesmo, a gente com ou sem casaco!

Esse ano vamos ver quem ganha. Façam suas apostas...

Comentários

Cathy disse…
Ai lindona, o frio daí é frio demais, né? Argh!

Aqui o ruim é o tempo de seca, que parece estar super teimando pra ficar por Brasólia... a chuva ta pouquinha, ralinha, mas já serve pra mudar um pouco a paisagem...

Caramba, já está chegando outro Natal!

;*
Luisa disse…
hahahahaha... bom, eu, como do contra que sou, sempre gostei muito mais do frio. Eu não entendo porque gostar do calor se ele não tem remédio... frio é só ficar na moda "cebola" que fica tudo jóia! =D Pro calor tinha que arrancar a pele fora... credo...
o verao daqui tá chegando... devagarzinho como quem não quer nada... e ele dá mais recado que o do Rio de Janeiro... to perdida...

Postagens mais visitadas deste blog

Fiando junto

tem vezes que a vida parece um novelo de lã embaraçado, todo enrolado. cores misturadas, fios que começam sabe-se lá onde, e que parecem não ter fim. vez ou outra, ao ver a bagunça toda, dá vontade de arrumar. organizar, desembaraçar, tentar pelo menos saber quais lãs tão ali no meio. é uma tarefa delicada, que exige paciência. desenrola de um lado, mas enrola do outro; tenta achar o fio da meada, mas ops, perde de novo. e aí vem uma "fiadora". ela que segura o novelo enquanto eu desenrolo, olhando fundo no meu olho, sem recuar, me lembrando também da beleza que existe no caos. e vamos assim, fiando juntas as tramas e bagunças dessa vida que é tanta.

Aprendendo thai - lição 1

Aprender tailandês é uma aventura sem fim - eles têm mil letras diferentes pra um mesmo som, regras sem pé na cabeça, significados distintos (às vezes MUITO distintos) para palavras idênticas, mas com tons diferentes, e um alfabeto desenhadinho que dá a maior trabalheira pra aprender. Mas é uma língua muito poética, simples à sua maneira, e que revela muito do jeito de ser e pensar do seu povo. Quer ver? ใจ(djai) significa literalmente coração, e tem milhões de usos e significados. Por exemplo: Se você entende alguma coisa, você fala que เข้าใจ (khaw djai). เข้า (khaw) é entrar, ou seja: entender é entrar no coração . Tá triste? เสียใจ (sia djai) - เสีย (sia) significa estragar, estragado. Tristeza, então, é um coração que precisa ir pro conserto. E é assim com tudo: confuso é quem troca de coração (plian djai - เปลี่ยนใจ); benevolente tem o coração bom (dii djai - ดีใจ ); aliviado é quem tem o coração desobstruído, livre (glong djai - คล่องใจ); agonia é ter o coração pequeno (nói dja

saudade

esses dias tenho pensado muito sobre saudade - sobre a que eu estou "matando", aqui, ao rever pessoas e lugares queridos, e sobre a outra que eu estou alimentando, das pessoas e lugares do brasil. queria, mais uma vez, tentar explicar como que traduz essa tal saudade. me vi com um certo orgulho de pensar que é impossível traduzir saudade. que é uma palavra tão nossa que não existe equivalente no mundo. que falar que é "sentir falta" (miss you, por exemplo), não faz nem cosquinha no que é a saudade mesmo. será que a diferença é só poética? será que sentir falta de algo, de alguém, é diferente de sentir saudade? assim, a saudade me parece um "pó de poesia", talvez de ternura também, pra contrariar a aparente "mecanicidade" de "só" sentir falta. vai ver a saudade é quando a falta é também doce, e quando dói um pouquinho no aperto que dá, tudo ao mesmo tempo. a saudade é também aquele sorriso que vem pro rosto quando uma lembrança che