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um pouco de tudo

tem dias que eu quero muito escrever aqui. falar sobre conversas que tive, ideias boas que ouvi, filosofias baratas da vida que eu criei, lugares bonitos que eu visitei.

tem dias que eu quero muito escrever, mas parece que as palavras grudam umas nas outras e não sai nada. vem uma linha, duas, e logo se apagam, em mim e na tela. sacudo a cabeça, suspiro. não era isso, não era assim.

dia desses quis escrever sobre a beleza que é juntar pessoas diferentes em volta de uma mesma mesa. gosto quando vou num lugar e tem um monte de gente que não se encaixa no mesmo rótulo, compartilhando por um momento o carinho por alguém, a porção de batata frita e a conversa furada no meio das cervejas. gosto de ouvir opiniões que não são iguais às minhas, e aprender um pouco, e discordar outro pouco. ou até outro muito. mas gosto mesmo é quando sai uma risada. se for gargalhada, então... melhor ainda. não pra mostrar que todo mundo é igual, não. mas pra mostrar como tem alegria em ser diferente.

também quis escrever sobre como, esse sábado, eu perdi minha vontade de conhecer o continente velho. foi assim. eu tava lá no rio grande do norte, passeando de bugy nas dunas, sentindo o vento no cabelo e a areia no rosto, em ótima companhia, e ficando sem fôlego e sem ar de ver tanta beleza junta. aí subimos numa duna em maxaranguape, onde fica o cabo de são roque (segundo a placa e o bugueiro, o lugar no brasil mais perto da europa). as árvores eram todas de ladinho, por causa da força do vento. a vista lá de cima era de cair o queixo não uma vez, mas mil. cada vez que eu me atrevia a olhar, o coração quase parava. e foi aí que eu pensei como era possível existir tanta beleza assim que eu nunca tinha visto. e me perguntei que outras belezas a gente não tem escondidas por aqui mesmo. e a vontade de conhecer os outros países diminuiu um pouco, com tantos países que existem aqui dentro. sempre achei bonito, legal, as pessoas falarem que foram conhecer o brasil primeiro, mas nunca esteve nos meus planos, não. olhando de cima da duna a imensidão toda, me senti diferente.

pensei em escrever também sobre a saudade. mas a verdade é que não tem nada muito novo pra eu falar dessa minha companheira eterna, não. ela dói, ela é bonita, ela é suave, ela reafirma, ela vem em sonho, ela vem em cabelos cacheados que me lembram uma das crianças mais carinhosas que conheci na vida. ela continua sendo ela, e continua em mim. e continuamos.

então entre tantas coisas que eu pensei em escrever e as palavras não saíam, saiu assim. tudo meio junto, como funciona muitas vezes na cabeça.

Comentários

Juliana Seidl disse…
Nath, eu tenho sonhado tanto em ficar de queixo caído olhando pras dunas e as árvores de ladinho do Rio Grande do Norte (onde eu passei quase todas minhas férias de verão na infância e há 4 anos não consigo conciliar minhas obrigações pra ir lá...)
Suas palavras todas juntas falam pelo seu e pelo meu pensamento.
Luisa disse…
Eu ainda vou conseguir reativar o meu "diário eletrônico". Era gostoso colocar todas essas ideias e sensações gostosas...

outro dia tive esse mesmo "insight"... tanta coisa pra ver aqui perto... por que a gente insiste em arranjar desculpa pra ir tão longe...

=D

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