*post inspirado em uma conversa com a Renata (@tataflorentino).
quantas vezes nessa vida eu me perguntei (e ouvi várias e várias amigas se perguntarem também) por que tínhamos escolhido a pessoa X pra se apaixonar, quando no fundo a gente sabia que não ia dar certo. pessoas comprometidas, enroladas, incompatíveis, difíceis de lidar, don juans e casablancas desse mundo...
eu tenho pra mim que a gente escolhe já sabendo mesmo que vai dar
no bungee jump, a gente vai e pula. tem toda a expectativa de subir até o topo, a emoção do pulo e a beleza poética daquele ato tão entregue de se jogar. mas a gente sabe que é seguro. que a cordinha vai segurar, e que a desilusão do fim da queda vai ser suportável (ufa).
difícil mesmo é se jogar em queda livre, com a esperança (sempre ela...) de que a queda na verdade vai virar um voo. acho que isso que é o amor. é o que fica quando a gente deixa todas as nossas cordinhas pra trás e pula.
foto por Vitor Massao /@massalogia |
quando a gente se despe de todos os "e se", pro bem e pro mal, e vai. quando pegamos os "e se der errado?"; "e se eu me magoar?"; "e se der certo?"; "e se eu não tiver pronta?" e largamos eles na beira, ou deixamos eles voando pra longe do nosso pulo, correndo o risco, sempre, de se estabacar.
mas acho que vale o voo, vale a vista, vale tudo que vier. e, sério. do chão não passa.
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